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domingo, 7 de abril de 2013

A sociologia que não aprendi na escola

Karl Heinrich Marx não escreveu especificamente para a Educação, mas deixou algumas ideias sobre a prática do educador que se propõe a favor da escola democrática. Propunha que este deveria observar, em sua prática dois pólos: o da afirmação de valores e o da reflexão crítica/autocrítica, e que a educação deveria continuamente passar de um pólo ao outro.
O professor quando ensina não transmite apenas conteúdos, mas também sua convicções e seus valores. Por que temos a sensação de que no nosso tempo os valores estão se perdendo? É uma questão passível de muito reflexão. Marx nos diz que até para não acreditar temos que acreditar que não estamos acreditando, ou seja, o homem precisa acreditar em algo e como educador, percebo que tal profissão me impõe estar consciente de meus valores de forma a tomar atitudes confiantes, sem dúvida e sem medo.
Mas onde estaria a práxis educativa se eu, como educador, me guiar apenas pelo que acredito?
Não podemos abandonar a reflexão crítica/autocrítica. Por isso Marx nos alerta para a ação confiante e a reflexão desconfiada.
A postura crítica do educador abre a reflexão, o diálogo e a possibilidade de mudança. A práxis tem na crítica um motor pulsante que a renova, que sugere sempre, a reflexão, o debate. Quem sabe assim, ficamos mais perto de praticar a dialética, quem sabe assim podemos, nós, meros educadores, contribuir com ações que norteiam na direção do reino da liberdade por meio do conhecimento e da reflexão crítica.